Taquaritinga é cognominada a "DÁLIA DA SERRA"
Surgida no final do século XVIII, a partir de uma aldeia indígena, as primeiras menções à Taquaritinga do Norte datam de 1790, ano do início da construção da capela de Santo Amaro, surgida de uma missão dos padres oratorianos de São Filipe Néri. Em 1801, a capela foi elevada à matriz e o povoado, à freguesia, por ordem do bispo Dom José Joaquim da Cunha Azeredo Coutinho. A igreja atual data da década de 1940, não restando nada da original, salvo a primeira imagem de Santo Amaro, provavelmente do final do século XVIII. A sede do Município ainda guarda alguns exemplares de arquitetura eclética, sendo o seu mais expressivo exemplar, o prédio do antigo fórum, construído na década de 1930 e ainda em razoável estado de conservação. Os demais prédios são, em sua maioria residências que possuem uma ou outra descaracterização, mas que ainda guardam algumas interessantes reinterpretações do ecletismo e art-decó, além das tradicionais casas de "porta e janela" , simples, mas com um colorido e uma disposição próprias que tanto caracterizam as cidades do interior
Taquaritinga do Norte, cidade serrana, 155km do Recife, localização privilegiada no agreste setentrional, na micro-região do Alto do Capibaribe, com altitude de 785m, clima agradabilíssimo frio seco, uma ótima opção para o lazer e férias. É o segundo ponto mais alto do estado de Pernambuco, temperatura média de 18° C descendo para os 10°C nos meses de junho a agosto.
O seu nome significa: TABOCA BRANCA, é topônimo indígena - TAQUARITINGA.
Taquaritinga passou a ser conhecida como a Dália da Serra nas décadas de 60 e 70, essa flor era muito cultivada nos jardins da cidade, além do clima e o solo serem propícios para o seu cultivo. Oficialmente não temos registros em documentos do seu cognome, no entanto, ele é muito conhecido popularmente na região e em vários lugares.
As flores e as árvores estão por toda a parte. Orquídeas, rosas, crisântemos, margaridas, palmeiras imperiais, seringueiras e, é claro, várias modalidades de dálias tornaram-se o cartão-postal da cidade.
Arquitetura simples, praças bem-cuidadas e ruas enladeiradas completam a paisagem de tranqüilidade, num convite a mais para o descanso. Pela manhã e ao cair da tarde, a neblina cobre a região, dando um certo tom bucólico ao lugar.
O clima serrano também garante passeios agradáveis pelas praças, prática tão comum aos vilarejos do interior. A Praça Antônio Pereira, inclusive, é uma das principais atrações de Taquaritinga. É lá que todos os eventos culturais acontecem, a exemplo do Circuito do Frio - a cidade foi incluída no roteiro oficial do Estado desde o ano passado.
O município também encontra em suas serras e topografia acidentada o ambiente propício para a prática de esportes radicais, tornando-se um importante pólo do turismo de aventura em Pernambuco. Destaque para a Serra da Taquara, o segundo ponto mais alto do Estado.
No local, existe a disputada Rampa do Pepê, onde ocorre anualmente o torneio de vôo livre. Para os mais dispostos, existem ainda o circuito de motocross e diversas trilhas que levam o andarilho a lugares surpreendentes, como a Pedra da Figura, com figuras rupestres.
Arquitetura é simples, mas bela
A beleza está na simplicidade. Seguindo à risca essa afirmação, a arquitetura de Taquaritinga do Norte se destaca nas igrejas seculares e no casario do distrito de Gravatá do Ibiapina.
A Igrej a de Santo Amaro, padroeiro da cidade, por exemplo, impressiona. Datada do século 20, a fachada modesta, com pequena escadaria e portas em arcos, esconde o belo interior, com o forro pintado à óleo com a imagem do painel milagroso da Cura do Cego.
Um pequeno terraço na parte superior que leva às três janelas e à torre lateral completam o conjunto, que está localizado em frente à Praça Antônio Pereira.
Já a pequena capela de Nossa Senhora da Conceição, do século 19, possui um pequeno santuário em homenagem à santa, além de dois altares laterais em madeira com detalhes em dourado.
No distrito de Gravatá do Ibiapina, um casario é mais um saudoso exemplo da antiga arquitetura local. A construção mantém características da década de 30, com fachadas trabalhadas em alvenaria com platibandas.
Ponto de encontro dos norte-taquaritinguenses, a Praça Antônio Pereira é também a "menina dos olhos" da população local. Não é difícil saber o porquê. Nela, há canteiros cercados por gramas e variadas espécies de flores e plantas ornamentais, assim como árvores de grande porte.
No centro da praça, existe um simpático coreto - onde acontece regularmente apresentações de bandas de música - e um lago artificial, circundado por banquinhos de concreto. Impossível resistir e não sentar para conversar ou, simplesmente, deixar o tempo e a preguiça passarem.
Infra-estrutura de apoio turístico
Dispõe de redes de energia elétrica e abastecimento d'água e coleta de lixo. Possui hospital, maternidade, postos de saúde, delegacia de polícia, postos telefônicos, correios. É servido por transporte rodoviário equipamentos e serviços turísticos.Dispõe de hotéis, restaurantes, bares, lanchonetes, clubes sociais, parque aquático, pistas de motocross e vaquejada, rampa de vôo livre, banco, farmácias de plantão, postos de gasolina.
Considerado de interesse turístico por :
IOT-89 / PLANPETUR / CONTUR / RINTUR / PRODETUR
Área destinada para investimentos/ incentivos fiscais e financeiros:
Lei nº 1281/95 Fundo de desenvolvimento Municipal (financiamento para micro e pequenos empresários dentro do município em parceria com o Banco do Brasil).
Gravatá do Ibiapina
Sua fundação data de 1840, e é sede do Distrito homônimo. Originalmente, chamava-se Gravatá do Jaburu, mas passou a ser Gravatá do Ibiapina em homenagem ao trabalho missionário levado a efeito pelo padre Ibiapina na vila, na Segunda metade do século XIX. Datam desta época a igreja de Nossa Senhora da Conceição, o cemitério e as casas mais próximas à igreja, ainda com características neoclássicas. A igreja de Nossa Senhora da Conceição, construída pelo padre Ibiapina e pela população local, foi concluída em 1860, segundo inscrição no arco da capela-mor. Encontra-se em bom estado de conservação, apresentando poucas descaracterizações. Em seu frontispício encontra-se uma interessante imagem de Nossa Senhora da Conceição em relevo. A vila apresenta características formais semelhantes à Cimbres (Pesqueira), mas está mais viva e dinâmica que a vila pesqueirense. O casario apresenta elementos neoclássicos, ecléticos e art-decó, alguns ainda intactos. Quase todas as construções são em tijolos maciços e encontram-se em razoável estado de conservação.
Povoado de Jerimum
Situado no Distrito de Gravatá do Ibiapina, a 20km da sede, possui uma capela dedicada a São Sebastião, construída no início do século XX com características bastante peculiares: possui um frontão triangular com um nicho ladeado por duas estrelas de seis pontas e sobre este, elementos superpostos que lembram bases para estátuas ou pináculos e uma sineira central. O povoado fica no caminho para a Pedra da Figura, sítio arqueológico com inscrições rupestres situado no município, próximo ao Estado da Paraíba.