Vários funcionários temporários são contratados para dar conta das encomendas; o dono de uma fábrica do Recife abriu duas lojas e espera ter um crescimento de 25% nas vendas desta Páscoa
A um mês da Páscoa, a fabricação de ovos de chocolate está a todo vapor. Na capital e no Interior do Estado, a época é de muito trabalho. Em uma empresa de Petrolina, no Sertão, a preparação começou em janeiro e 12 funcionários temporários foram contratados para dar conta das encomendas.
O expediente inicia às 8h e vai até as 22h, esforço concentrado para produzir 1.200 ovos de chocolate por dia. A maioria dos funcionários contratados é de mulheres que trabalham na agricultura e que, nessa época do ano, ficam sem emprego por causa da entre-safra.
Uma fábrica no Recife teve uma produção, no mês de março, cinco vezes maior que num mês comum de vendas. A empresa começou a estocar todos os tipos de chocolate para estar preparada pra atender às encomendas que começam já no fim deste mês.
O ritmo acelerado não dispensa os cuidados com a higiene e a técnica para derreter o chocolate na temperatura e no tempo certo, depois colocar e retirar das formas e fazer as embalagens. O dono da fábrica espera aumentar as vendas em relação ao ano passado. “Na minha expectativa, é de um crescimento em torno de 25%, com a abertura de duas novas lojas”, conta Jorge Vasconcelos.
Ele conta como faz para enfrentar a concorrência com as grandes empresas: “É o diferencial. Sabor, qualidade, atendimento e preço. Tem espaço para todo mundo, e só fazer o trabalho bem e feito e fazer o seu, sem se preocupar com o concorrente”.
Para atender aos pedidos, ele reforçou a equipe com cinco funcionárias contratadas por até quatro meses. A ex-balconista Marilene Gomes - desempregada há três anos - já sabe como investir o dinheiro que vai receber como auxiliar de produção. “Eu tenho filhos, eu pretendo investir num curso para ela, ela me pediu. Curso de informática”, conta.
Ana Cleide Ramos de Lima estava há dois anos desempregada e, hoje, trabalha como auxiliar de produção. Agora, ela quer aproveitar ao máximo essa oportunidade. “A expectativa é que, de repente, possa até ficar fixo, né, que também é o objetivo da gente, que está aqui temporário. Para mim é muito importante, pois aprendi mais uma coisa na vida”, diz.
A chance dos funcionários de serem efetivados na empresa depende, exclusivamente, deles. O dono da empresa dá as dicas. “Ter um bom trabalho, ser dedicado, seguir todas as regras de higiene e de manipulação com os alimentos”, diz Jorge.
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